Segundo dados divulgados pelo Serasa, cerca de 63,2 milhões de brasileiros estão endividados. E desses mais de 63 milhões, pouco menos de 77% possuem inadimplência com cartão de crédito. Ou seja, os números só mostram o quanto a população brasileira tem problemas com cartão de crédito e, nesse artigo, iremos ensinar algumas dicas de como sair das dívidas e quitar o cartão de crédito.
O cartão de crédito é motivo de grande pendência financeira por parte dos brasileiros, e isso só mostra o quanto a educação financeira faz falta na vida de muitos. Por isso, afim de resolver um pouco esse tema, resolvemos elaborar esse artigo com algumas dicas de como quitar as dívidas do cartão de crédito.
É inegável afirmar que o cartão de crédito foi uma invenção bastante promissora. No entanto, ao mesmo tempo que tem aqueles que utilizam da melhor forma possível, há aqueles que, por algum motivo, vilanizam o cartão magnético. A verdade é que a opnião acerca desse objeto varia conforme o grau de instrução financeira de cada um, pois é fato que ele adianta diversas situações.
Infelizmente o Brasil não é conhecido por educar financeiramente a sua população, e isso impacta negativamente diversos setores. Tanto que não é à toa que grande parcela dos indivíduos se encontram com alguma irresponsabilidade financeiro. Porém, com intuito de instruir tais brasileiros a sair das dívidas quitando o cartão de crédito, resolvemos elaborar esse artigo com dicas práticas.
Por que os brasileiros adquirem dívidas?
Antes de uma lista de “o que fazer”, sempre haverá aquela de “o que não fazer”. Afinal de contas, como diz o próprio ditado, é melhor prevenir do que remediar. Ou seja, é melhor evitar determinadas situações do que ter que procurar alguma solução mirabolante ou desafiadora. Portanto, antes de saber como sair das dívidas e quitar o cartão de crédito, é interessante compreender algumas questões, bem como o motivo dos endividamentos.
Saber a razão pelo qual o índice de inadimplência financeira é tão grande é um dos pilares para evitar que essa situação chegue até você. Afinal, se você está na contramão dos passos que levam a adquirir dívidas, é muito mais provável que fique imune a isso. E o motivo n°1 que faz com que brasileiros passem por situações como essa é a falta de entendimento e instrução financeira.
O fator principal, que faz com que a grande parte da população brasileira entre em dívidas, é o déficit no ensinamento de questões financeiras. Como não se compreende o quão perigoso é ser economicamente impulsivo, acaba-se por entrar em situações desfavoráveis.
Obviamente que o cerne da questão é muito mais profunda, uma vez que o próprio governo não investe nesse tipo de educação. Porém, quando um indivíduo não entende alguma questão (em especial quando se trata de um assunto tão profundo quanto esse), a probabilidade de ocorrer uma tragédia é estarrecedora. Isso é tão verdade que o número de devedores aumenta cada dia mais.
Um outro ponto que contribui para o acúmulo de devedores é o fato de muitas pessoas serem altamente impulsivas, comprando diversas frivolidades que, ao final do mês, acabam acarretando um valor significativo do salário mensal. A verdade é que para evitar esse tipo de situação, é preciso passar por uma reeducação financeira, pois ela é a base principal para uma vida longe de problemas pecuniários.
Quão grave é deixar de pagar o cartão de crédito?
De certa forma, um outro motivo que contribui para a inadimplência financeira é o fato de muitos brasileiros não compreenderem a gravidade que é deixar de pagar o cartão de crédito. O primeiro problema é que muitas pessoas vivem entrando no chamado “crédito rotativo”. Aos que não conhecem essa nomenclatura, trata-se de quando o cliente paga o valor mínimo da fatura e, o restante, fica para o mês seguinte.
Porém, o crédito rotativo tem juros bem elevados e, por isso, ele deve ser acionado apenas em situações de extrema emergência. É verdade que o juros do crédito rotativo diverge de instituição para instituição, mas fato é que deve se recorrer a isso apenas quando muito necessário, uma vez que o juros pode chegar a 15%. Supondo que a fatura do seu cartão é de R$1.000,00, e foi pago apenas R$200,00, os outros R$800,00 ficará para ser pago no mês seguinte.
Entrar no crédito rotativo é extremamente atrativo, mas pode gerar custos extremamente elevados. Por isso, apesar de tentador, é uma coisa que deve ser muito bem analisada e recorrer apenas quando extremamente necessário.
Mas, levando em consideração um juros de 15%, a dívida para o mês seguinte será de aproximadamente R$920,00. Ademais, o crédito rotativo é limitado a apenas um mês. Passado esse tempo, caso o cliente não consiga arcar com a despesa, o titular deverá parcelar o valor da fatura com juros menores. Fora isso, é bom destacar que o Brasil é conhecido por cobrar juros altíssimos no cartão de crédito.
Tanto que, atualmente, as taxas de crédito rotativo podem chegar a mais de 300% ao ano. Isso quer dizer que caso o cliente perca o controle sobre o pagamento da fatura do cartão e não tome alguma solução, o valor da dívida só irá aumentar a cada dia, fazendo com que o brasileiro se afogue a cada dia mais nas dívidas. Portanto, é extremamente importante encarar e compreender as gravidades de ficar inadimplente com a fatura do cartão de crédito.
Como quitar as dívidas do cartão de crédito?
Agora que você entendeu um pouco mais sobre a gravidade de não tratar com devida importância as responsabilidades financeiras acerca da fatura do cartão de crédito, certamente está mais propenso a compreender como quitar as dívidas. Afinal de contas, de nada adianta se esforçar para quitar todas as dívidas e, um tempo depois, a mesma situação tornar a acontecer.
A verdade é que existe algumas dicas que fazem com que o procedimento de quitação das dívidas seja um pouco mais leve. Mas, primeiro de tudo, o mais importante é se manter calmo. Ter mansidão num momento como esse é fundamental, pois uma mente atribulada de diversos pensamentos contrários dificilmente irá atinar para fazer aquilo que é mais prudente.
Dificilmente se consegue tomar alguma decisão prudente com a cabeça cheia. Portanto, antes de tomar qualquer atitude precipitada, ponha a cabeça no lugar e analise com cautela a situação.
Portanto, ao invés de ficar se martirizando pela situação, foque nas possíveis soluções. Além disso, lembre-se que independentemente do fato de estar inadimplente, você está sendo uma pessoa íntegra e tentanto reaver a situação. Afinal de contas, há muitas pessoas que esperam a dívida “caducar” e nem sequer procuram uma solução para poder resolver dignamente o caso.
Mas, verdades sejam ditas, a depender do valor da dívida e de quanto é o seu recebimento mensal, nem sempre é fácil pagar a conta inadimplente. Isso porque, para chegar nesse resultado, exige-se alguns sacrifícios, e você deve estar disposto a aceitá-los. Se você está ciente de todas essas questões e ainda assim deseja continuar com esse procedimento, confira as dicas abaixo.
Entenda e origem da dívida
A primeira coisa que você deve fazer antes de qualquer coisa é entender a origem da sua dívida. Esse é um importante parâmetro que deve ser de análise prioritária. E esse fator é tão importante por dois motivos: o primeiro é que, ao enteneder de onde veio a sua dívida, dificilmente o problema tornará a acontecer. E segundo é que há algumas opções de como você pode arcar com a sua dívida, mas tudo depende de como ela surgiu e qual o seu valor total.
Portanto, antes mesmo de entrar em contato com a instituição a fim de negociar a dívida, faça um pente-fino na sua fatura e veja quando o descuido aconteceu. Feito isso, analise todo o sado devedor e separe os seus gastos das taxas de juros e encargos do cartão. Feito isso, você saberá o valor exato do qual está devendo, retirando todas taxas de juros. A partir daí, você pode tentar fazer um acordo com a instituição.
O passo essencial para poder quitar as suas dívidas é saber o valor a ser pago. Dessa forma, torna-se um pouco mais fácil de organizar um plano financeiro para poder assumir a dívida, uma vez que já se saberá o valor que se deve arcar.
Por isso é tão importante analisar a sua fatura, pois muitas pessoas acham que estão devendo um valor exacerbado quando, na realidade, o montante está acrescido de juros. Fora isso, quando você entende quais são os seus gastos, é possível ter uma ideia de quanto será o seu gasto mensal até que toda a dívida seja paga, caso opte por parcelas fixas mensais.
Ademais, quando você já tem uma noção de qual é o valor total da sua dívida, você consegue se preparar para apresentar alguma proposta a instituição da qual exsite a dívida. Fora tudo isso, como você já tem todos os dados, a possível negociação consegue fluir melhor, já que se é possível apresentar um plano que caiba no seu bolso e, ao mesmo tempo, atenda as exigências da instituição.
Não demore em conversar sobre a dívida
Muitas pessoas erram ao esperar que a instituição entre em contato para tentar resolver da dívida. Isso não é recomendado por dois motivos: o primeiro deles é que, quanto mais tempo você posterga a sua dívida, maior ela fica. Como falamos, os juros do crédito rotativo são acumulado mensalmente. Portanto, quanto maior é o tempo que você demora para contactar a instituição, a sua dívida cresce.
O segundo motivo é que, quando você procura a instituição com certa rapidez, a empresa percebe que você está realmente interessado em arcar com a sua dívida. Ou seja, ela compreende que de fato essa foi uma situação que saiu do seu controle mas que, independente disso, está tentando buscar um acordo para não deixar de pagar a instituição. Isso é visto com muito bons olhos pelas empresas, então não espere começar a receber SMS de cobrança. Seja proativo.
Porém, é preciso ter cautela. Também não estamos dizendo que você deva aparecer no dia seguinte ao saber que tem uma dívida ativa. Antes de ir até a instituição, acate a dica dada acima. Entenda a origem da sua dívida e ponha tudo no papel. Esteja preparado antes de conversar com algum atendente, saiba qual o total da sua inadimplência e já está pronto para apresentar, caso seja necessário.
Negocie a dívida com calma
Somente depois que você já tiver avaliado toda a situaçãoda sua dívida é que você deve tomar a iniciativa de negociar, se for o caso. Muitas pessoas caem no erro de se precipitar, entrar em contato o mais rápido possível com a instituição e já realizar um acordo a fim de quitar a pendência. Esse tipo de atitude é até entendível, porém, não é o mais recomendado.
Primeiro de tudo, não faça nada as pressas ou com a cabeça amontoada de preocupações, pois isso só irá lhe trazer desvantagens. No estado de espírito onde a pessoa está aflita, a capacidade de raciocínio pode diminuir exponencialmente, por isso é extremamente fundamental que você, no momento de negociar a dívida, esteja plenamente ciente de tudo o que está acontecendo.
Esse é o motivo pelo qual recomendamos que, antes de entrar em contato com a instituição, você estude o motivo e origem das suas dívidas, pois dessa forma você estará mais ciente do problema e já poderá procurar alguma solução previamente. Ademais, outra coisa que deve ser salientada é que você não precisa concordar com o primeiro acordo que o gerente ou funcionário da instituição propor.
Lembre-se que, se o primeiro acordo oferecido pela instituição não ir de acordo com a sua situação financeira, não hesite em procurar uma outra alternativa.
Se optar por pagar parcelas fixas mensais, não hesite em falar que acha o valor muito alto, juros elevados ou que a durabilidade é gigantesca. Como o próprio nome sugestiona, um “acordo”, deve ser acordado entre ambas as partes. Ou seja, deve funcionar para os dois laods. Então, se a proposta inicial que você recebeu não é das mais favoráveis, procure fazer uma contraproposta até que ambos estejam de comum acordo.
Muitas pessoas também pensam que não se deve sair da conversa sem que tenha sido feito um acordo com a empresa, mas isso não procede. Se mesmo depois de muita conversa, propostas e contrapropostas você achar que nenhuma condiz com o que esperava, não se sinta mal em abandonar a sala sem ter fechado negócio. Ou ainda, se precisar, peça um tempo para analisar em casa as propostas feitas e voltar uns dias depois para dar encerramento na conversa.
É possível que você pense que a única forma de quitar a sua dívida seja através de um acordo com a instituição, no entanto, não é tão limitante a esse nível. Há outras opções que você pode tentar recorrer, e por isso que afirmamos que não há problema em sair do diálogo da instituição sem que tenha sido feito um acordo, pois você pode tentar uma outra alternativa que julgar ser mais em conta. Falaremos sobre isso no próximo tópico.
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Avalie as alternativas
Na grande maioria dos casos, as pessoas optam por fazer um acordo com a instituição do qual se deve. Porém, ainda que realmente essa seja a opção mais comum, existe outras alternativas para quitar a sua dívida. A primeira alternativa que o banco ou instituição irá lhe oferecer é de amortização da dívida, a mais comum. Apesar do nome um pouco complicado, essa modalidade consiste em quando o valor total da dívida é parcelada.
Dessa forma, o indivíduo fica encarregado de todos os meses desembolsar um valor para que a dívida seja paga. O parcelamento é feito no próprio cartão de crédito a taxas de juros melhores do que as do rotativo. Quando o cliente opta pela amortização, deve-se definir o número de parcelas, qual o pagamento mínimo e quanto de juros o cliente irá pagar durante o período.
Uma segunda opção, no entanto, é solicitar um empréstimo cujo valor seja destinado inteiramente para quitação de dívida. Pode parecer um pouco estranho o fato de pagar uma dívida fazendo outra dívida, mas, se for posto tudo no papel, em algumas circunstâncias, até pode valer a pena. Os bancos e instituições financeiras lucram através dos juros que são cobrados e, por isso, a tendência que a taxa de juros seja bastante alta quando o cliente opta pela amortização.
Não fique apegado na solução apresentada pela instituição, pois há outras alternativas que você pode recorrer para quitar a sua dívida.
Porém, pode acontecer de você conseguir um empréstimo cujo valor da taxa de juros seja significamente menor que a da amortização. Nesse caso, valeria muito mais a pena solicitar o empréstimo, pagar a sua dívida à vista e arcar apenas com as parcelas mensais do emprésitmo pessoal. Ademais, a depender da instituição que lhe libere crédito pessoal, ainda é possível aproveitar alguns outros benefícios, como o primeiro pagamento em alguns meses entre outros.
Portanto, antes de fechar negócio com o seu banco, procure outras alternativas e feche negócio com a que mais valer a pena. É bom ressaltar também que, em alguns casos, a depender do seu relacionamento com o banco ou instituição, a própria empresa libera empréstimo, o que acaba facilitando ainda mais as coisas. Então, na sua conversa durante a negociação de dívida com o gerente, não hesite em mencionar esse ponto.
Inclusive, acerca do empréstimo pessoal para quitação de dívida, há várias opções, como antecipação do Imposto de Renda, crédito consignado ou mesmo o adiantamento do décimo terceiro. E geralmente as próprias instituições costumam oferecer algumas delas. Há várias formas de poder pagar a sua dívida, mas é preciso entender sobre o assunto. Portanto, qualquer dúvida que tenha, por menor que seja, fale com um especialista financeiro.
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